O banco de leite humano do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, está necessitando de doações de leite materno.
Atualmente, a unidade conta com 22 doadoras regulares, número insuficiente para manter os estoques, que atendem o setor neonatal da maternidade.
Para facilitar a doação, a unidade disponibiliza um carro que vai à casa da voluntária duas vezes por semana buscar o leite doado.
A coleta pode ser feita na Baixada Fluminense e na capital fluminense.
A enfermeira neonatologista especialista em lactação do Hospital da Mulher, Camila Alves, explica que a unidade está aberta às voluntárias.
“Para ser doadora não é necessário ter sido paciente do hospital.
Nosso veículo faz a coleta domiciliar, e o hospital oferece o kit esterilizado para garantir a segurança no processo”, explicou.
>> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Para se tornar doadora, a puérpera deve estar saudável, com leite excedente e enviar, pelo whatsApp 21 96870-7064, os resultados dos exames pré-natal mais recentes para avaliação dos profissionais do hospital.
Após avaliação, um veículo vai até a casa da voluntária buscar o material.
Na primeira visita, ela recebe um kit com potes esterilizados, touca, luvas descartáveis e etiquetas de identificação para fazer a coleta.
O material coletado tem período de validade de 15 dias após congelamento, mesmo que a mãe realize o processo mais de uma vez por dia.
Na segunda vez, a equipe da maternidade faz a retirada do leite e entrega novo kit para a doadora.
A unidade segue as recomendações sanitárias exigidas pelo Ministério da Saúde e realiza o processo de pasteurização e testes microbiológicos.
Uma nutricionista também verifica o teor calórico dos materiais e os separa de acordo com as necessidades do setor neonatal.
Após esse processo, ele é oferecido aos bebês prematuros.
Na Baixada Fluminense, o Hospital da Mulher Heloneida Studart realiza o serviço há nove anos.
O leite materno é considerado um alimento completo para bebês e recém-nascidos.
Ajuda a reduzir doenças como diarreias, infecções respiratórias e alergias, além de diminuir o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes.
Durante a amamentação, o vínculo entre a mãe e o bebê é fortalecido.
Os riscos de hemorragia no pós-parto e as chances de que a puérpera desenvolva câncer de mama, ovários e colo do útero no futuro também são reduzidas.
A doação de leite materno ajuda a salvar a vida de recém-nascidos prematuros e de baixo peso que estão internados e não podem ser amamentados pela mãe.
O alimento permite que o bebê ganhe peso mais rápido e se desenvolva de forma saudável.